sexta-feira, 8 de abril de 2011

CONVITE

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC, convida Vossa Senhoria para a Celebração em Ação de Graças pelo início dos trabalhos de sua nova Diretoria - 2011/2015 a realizar-se no dia 28/04/2011, às 19h.30m, na Capela da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cito à SE/Sul Qd. 801, Conjunto B, Brasília/DF. A nova diretoria esta assim composta: Diretoria: Dom Manoel João Francisco - ICAR (Presidente), Dom Francisco de Assis Silva - IEAB ( 1º Vice-Presidente), Preb. Elinete Miller - IPU (2ª Vice Presidente), P. Sinodal Altemir Labes - IECLB (Tesoureiro), Dra. Zulmira Inês Lourena Gomes da Costa (Secretaria) - ISOA.

Rev. Luiz Alberto Barbosa

Secretario Geral

Tiroteio na escola de realengo Rio de Janeiro

O Grupo Ecumênico de Brasília - GEB, compartilha com a população do RJ,  dor da perda dos adolescentes, que Deus conforte seus corações.

domingo, 11 de outubro de 2009

DESARMAMENTO AGORA! TRABALHEMOS PELA PAZ E O DESENVOLVIMENTO.

Cidade do México, 11 de setembro de 2009
Amadas irmãs e irmãos,
“Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram”
(Salmo 85:10)

As/os saudamos em nome de nosso Senhor Jesus!

Estamos escrevendo a partir da 62ª Conferência Anual do Departamento de Informação Pública das Nações Unidas e das Organizações Não Governamentais (DIP/ONG) – DESARMAMENTO AGORA! TRABALHEMOS PELA PAZ E O DESENVOLVIMENTO.

A 62ª Conferência foi realizada no Edifício da Secretaria das Relações Exteriores do governo do México, nos dias 9 a 11 de setembro na cidade do México, DF.


Participaram cerca de 1300 pessoas representando mais de 340 organizações provenientes de mais de 55 países.

Comunicamos que damos graças a Deus por haver participado deste evento. É muito importante nos relacionarmos com pessoas a nível mundial e conhecer os objetivos e a problemática do desarmamento nuclear e das armas de destruição em massa, desarmamento de armas pequenas e dos tratados internacionais para comprometer os governos a ações concretas que assegurem a segurança humana e os desafios que implicam a educação pela paz.

Nós participamos deste evento graças à oportunidade que nos foi oferecida pela Federação Mundial de Mulheres Metodistas e Igrejas Unidas, que é parte da comunidade de organizações não governamentais ativas nas Nações Unidas. Em uma ação conjunta com a Iniciativa Missionária Regional da Divisão de Mulheres na América Latina – Sabedoria e Testemunho, representamos a Federação Mundial nesta Conferência.


Agora é tempo de ação concreta! Ainda que os gastos militares e a produção de armas aumentem dia a dia alcançando mais de 1 trilhão de dólares, o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (1968)segue como um apelo contundente aos Estados paraexecutar e negociar uma convenção para o Desarme Nuclear total e agora. A Conferência é uma oportunidade para a sociedade civil aumentar sua consciência e sua ação para deter a indústria de armas mundial. Com esta chamada, o Secretário Geral das Nações Unidas Ban Ki-Moon, na seção de abertura, nos convocou a integrar sua Campanha global pelo Desarmamento agora, que culmina com o Dia Internacional pela Paz, 21 de setembro de 2009. Inspiradas e desafiadas começamos nossa jornada na Conferência.

As mesas redondas e as oficinas na Conferência nos apresentaram diversas perspectivas e testemunhos pessoais sobre o tema. Gostaríamos de comentar alguns pontos que nos impactaram.

  • As armas nucleares de destruição em massa são imorais! São um obstáculo à paz e ao desenvolvimento global. É lamentável conhecer as estatísticas e os valores de armas de destruição em massa e ver que no século XXI ainda continuam fazendo experiências nucleares mesmo conhecendo os efeitos tão daninhos e irreversíveis como os causados em Hiroshima e Nagasaky. Alguns países investem quantidades estratosféricas de dinheiro na fabricação de armas nucleares enquanto há pessoas vivendo com 2 dólares por dia. Ao escutar isso nos fez pensar em tudo que poderíamos fazer pelo bem da humanidade se esses bilhões de dólares que se investem na fabricação de armamentos, fossem usados em alimentação, educação, moradia e saúde. As nações do mundo gastam mais de 40% em segurança nacional. É necessária a mudança da militarização como chave para a segurança nacional para o desenvolvimento humano como chave para a segurança humana global. Mercados produtivos e eqüitativos, marcos democráticos efetivos e coerentes, e uma educação de qualidade são indispensáveis para erradicar a violência e para o desarmamento.


O principal cenário de insegurança para as mulheres é a casa. As armas pequenas e ligeiras tem sido usadas diariamente contra a mulheres seja no feminicídio nas ruas da cidade Juarez, México, ou em nossas casas por toda a América Latina. O comércio fronteiriço com os países fabricantes de armas propicia o tráfico ilícito destas armas gerando uma cadeia sem fim de crimes e violência, incluindo violência de gênero.

  • A vida e a integridade das mulheres e dos meninos e meninas parecem como presentes de guerra; porque são reduzidas a objetos sexuais, e violentadas seja como produto da militarização, da guerrilha, das forças de ordem ou dos crimes organizados. O crime organizado se manifesta com grande força na América Latina. Existem estudos que demonstram que o narcotráfico e negócios com mulheres e meninas produzem 40% do PIB na região. Mais de cinco milhões de mulheres e meninas tem sido traficadas na América Latina e dez milhões estão em risco de sê-lo. Os mecanismos jurídicos e de proteção das mulheres tem que ser utilizados para dar fim à impunidade que termina por colocar a vida de mulheres e meninas em perigo. As redes sociais de empoderamento das mulheres, entre as quais nós nos encontramos, tem que conter e eliminar a violência de gênero.
  • Nos impactou também os testemunhos pessoais de homens e mulheres envolvidos em projetos de educação para a paz. Desde a Ásia, África e América Latina nos chegam informações de iniciativas desafiadoras. Educação para a paz é a chave para o Desarmamento agora! Nos dizem estas pessoas, que falam desde a realidade dos excluídos do desenvolvimento humano que vivem a violência simbólica e estrutural de nossas sociedades. As vítimas e os vitimadores podem ser protagonistas de mudanças reais desde que haja oportunidades e respeito pelos direitos humanos. A força interior para seguir adiante e a oportunidade na vida geram esperança e transformação concreta. Rosa Anaya de Pedra nos emocionou com sua estratégia de ação pelos direitos humanos junto ao sistema carcerário juvenil em El Salvador:”Ter muitíssima paciência e ser amantes das causas perdidas”.
Tem sido muito importante saber que os governos e as organizações da sociedade civil, incluindo as igrejas, estão criando uma força social para aproveitar as oportunidades de impulsionar a todos pela paz. Desde nossa participação na Conferência queremos compartilhar e sugerir:
  • Instar os governos a um compromisso de segurança humana global pelo desarmamento nuclear e das armas pequenas e ligeiras, através de negociações de Tratados e Convenções Internacionais e políticas públicas nacionais
  • Dar a conhecer o Documento da 62ª Conferência; Desarmamento agora pela paz e desenvolvimento! (veja http://www.un.org/dpi/ngosection/conference/)
  • Celebrar o Dia Internacional pela Paz em 21 de setembro; o Dia Internacional para um Mundo Livre de Armas Nucleares em 27 de outubro; e o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher em 25 de novembro.
  • Estabelecer um compromisso pela paz dentro da sociedade e da Igreja;
  • Educar a juventude e as crianças para a paz;
  • Promover intercâmbios culturais para valorizar e respeitar as diferenças;
  • Proporcionar uma educação de qualidade desde a perspectiva de gênero, que seja capaz de gerar homens e mulheres honestos e comprometidos com a paz;
  • Buscar formas e estratégias para implementar as Metas do Milênio, em especial as metas de educação universal e igualdade entre os gêneros;
  • Realizar projetos de desenvolvimento com mulheres e jovens desde o nível local até o internacional;
 Sentimos que como pessoas convencidas pela nossa fé e amor a Deus devemos por nosso grão de areia para contribuir com o chamado: Desarme Agora! Lançado pelo Secretário Geral da ONU sendo influentes nos lugares onde Deus nos tenha colocado.


Muitas bênçãos e a paz de Cristo,


Edith Atonal Gutiérrez
Presidente da Unidade México da Federação das Sociedades
Missionárias Femininas da Igreja Metodista do México.


Esther Estrada de Cobos
Presidente da Federação Norcentral das Sociedades
Missionárias Femininas da Igreja do México


Maria de los Ángeles Martinez de López
Presidente da Federação Septentrional das Sociedades
Missionárias Femininas da Igreja do México.


Revda, Rosângela S. Oliveira
Missionária Regional, Coordenadora de Sabedoria e Testemunho.

Comitiva do CLAI avalia situação em Honduras

ALC

Tegucigalpa, terça-feira, 6 de outubro de 2009

“Preocupa-nos que as medidas ditatoriais tomadas para remover o presidente Manuel Zelaya do poder convertam-se em plataforma para frear outros processos democráticos na América Latina", diz pronunciamento da delegação do CLAI.

A rejeição da comunidade internacional ao governo de fato polarizou as reações nas famílias, igrejas e comunidades, informam. A suspensão das garantias constitucionais incrementou a intimidação, a repressão e o medo, provocando feridos, mortos, violações sexuais, tortura, fechamentos de meios de comunicação e limitando a liberdade de expressão, reunião e circulação, violentando os direitos humanos. "Como Igreja recusamos todos estes atos que atentam contra a vida", sublinha o documento.

A delegação do CLAI apurou que o povo está inquieto e desejoso de participar nas instâncias de tomada de decisão que contribuam com a construção de um novo país. Há incerteza frente ao processo eleitoral que perpetue o ‘*status quo, principalmente pelo decreto de suspensão de garantias constitucionais que não contribui para a solução da crise atual".

Em carta pastoral, o presidente do CLAI, bispo anglicano Julio Murray, do Panamá, e o secretário-geral, pastor luterano Nilton Giese, do Brasil, instam as igrejas a levantarem a voz profética denunciando as medidas e atitudes que vão na contramão dos direitos humanos.

Os líderes religiosos reivindicam do governo de fato para que restabeleça imediatamente as garantias constitucionais, cese todo tipo de violação aos direitos humanos, retome o diálogo no espírito do acordo de San José e assegure a ampla e livre participação do povo.

Às comunidades de fé nesse país, o CLAI promete continuar advogando pela restituição das garantias constitucionais e o respeito aos direitos humanos, acompanhando-as na tarefa de diálogo, reconciliação e cura.

O CLAI reúne 180 igrejas evangélicas, protestantes e pentecostais em 20 países da América Latina e do Caribe, comprometidas com a busca da unidade ecumênica.

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Texto encaminhado pelo Reverendo Rui Sérgio (metodista)

O Senado aprovou ontem o acordo entre o Brasil e o Vaticano

Valor Econômico 08/10/2009 08:46


BRASÍLIA - O Senado aprovou ontem o acordo entre o Brasil e o Vaticano, reconhecendo o estatuto jurídico da Igreja Católica no país. Sem polêmicas nem divergências, senadores votaram simbolicamente a favor do projeto. O texto segue à promulgação.

A aprovação do acordo simboliza a aproximação do Estado com a Igreja, mas, na prática, pouco altera a relação entre o governo e a instituição. O acordo ratifica normas já cumpridas sobre ensino religioso, casamento e prestação de assistência espiritual em presídios e hospitais. No Congresso, o projeto foi alvo de críticas de parlamentares que questionaram o fim do Estado laico com a aprovação do acordo.

O acordo garante imunidade tributária à igreja e reconhece às instituições assistenciais religiosas igual tratamento tributário e previdenciário previsto a entidades civis semelhantes. O texto também assegura assistência espiritual aos fiéis e protege o patrimônio da igreja e dos locais de culto, os símbolos, imagens e objetos culturais. Um ponto que gerou polêmica é o que garante o ensino religioso facultativo nas escolas públicas de ensino fundamental. O texto, no entanto, assegura o ensino de outras crenças. A Constituição já prevê o ensino religioso, mas não cita especificamente nenhuma crença.

O texto ratifica que o casamento celebrado conforme as leis canônicas produz os efeitos civis, desde que haja registro próprio. Outro item deixa clara a inexistência de vínculo empregatício entre religiosos e instituições católicas. É uma medida para a igreja se proteger de pedidos de indenização de padres que deixaram o sacerdócio. " Nada se acrescenta de leis ou benefícios " , disse o relator do projeto, Fernando Collor de Mello (PTB-AL). " Apenas concede mais clareza às relações. " É um acordo entre dois Estados " , disse, citando que o Vaticano tem status de observador na ONU e OEA.

A aprovação do acordo no Senado foi bem mais tranquila do que na Câmara. Os deputados da bancada evangélica irritaram-se com a proposta, acusaram o governo de privilegiar os católicos e ferir a condição de país laico e apresentaram um projeto semelhante para garantir o mesmo tratamento dado à Igreja Católica às outras religiões. O texto, de George Hilton (PRB-MG), ficou conhecido como a Lei Geral das Religiões e tramitou concomitantemente ao acordo da Santa Sé com o Brasil. Ambos foram votados e aprovados ao mesmo tempo na Câmara, em agosto. No Senado, a Lei Geral das Religiões não prosperou ainda: está parada na Comissão de Educação e ainda não foi designado relator.

Já o acordo do Vaticano com o Brasil foi votado rapidamente. Em questão de horas, passou na Comissão de Relações Exteriores e, em seguida, no plenário. Collor apresentou parecer favorável e foi amplamente elogiado por senadores de diferentes partidos, como os líderes do PSDB, do DEM e do PT. Em consenso, disseram que " é um acordo entre dois Estados, que ratifica as relações já existentes " .

Não houve manifestações dos evangélicos e até mesmo Marcelo Crivella (PRB-RJ), da Igreja Universal do Reino de Deus, disse que " não havia motivo para preocupação " . " Os juristas que consultei me disseram que o acordo firmado entre Brasil e Vaticano é o mesmo que já existe em mais de 100 países. Não acredito que o governo e a Constituição permitam privilégio a qualquer crença " , disse.

A única crítica foi feita por Geraldo Mesquita Jr. (PMDB-AC), que considerou o acordo um privilégio à Igreja Católica. " Será a palavra não mais da igreja, mas sim de um ente que tem acordo com o Estado " , disse. O P-SOL, único partido a se posicionar contra o projeto na Câmara, não teve a mesma posição no Senado. O senador José Nery (PA), disse ser a favor do acordo. O líder da sigla na Câmara, Ivan Valente (SP), reclamou. " O P-SOL defende o Estado laico e o que está sendo firmado é um acordo religioso, não de natureza comercial " , disse ontem Valente. O deputado bispo Rodovalho (PP-DF), um dos articuladores da Lei Geral das Religiões, disse não ser contrário ao acordo, mas defendeu que " os mesmos critérios devem valer para todas religiões " .

(Cristiane Agostine Valor)

domingo, 23 de agosto de 2009

“Evolução da caminhada ecumênica em Brasília”

Ref.: 13/05/2009

Na oração sacerdotal, Jesus orou pela unidade dos seus discípulos: “Que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e eu em ti” (Jo. 17,21). A unidade é, pois, um desejo de Jesus. É também um dom de Deus. Mas é igualmente uma tarefa que ele pede a nós, e para essa tarefa, ele nos dá a sua graça. Portanto, não podemos permanecer de braços cruzados diante das divisões. A unidade é um grande desafio que todos nós cristãos recebemos.

O Movimento Ecumênico teve seu ponto de partida no movimento missionário. No século XIX, a fé cristã foi divulgada de uma forma sem precedentes. Em toda a Europa e América foram fundadas sociedades missionárias que enviavam missionários a todas as partes do mundo. Partes dessas sociedades missionárias trabalhavam interconfessionalmente, porém com o passar do tempo tornaram-se inevitáveis as freqüentes rivalidades que ocorriam entre os(as) missionários(as) nos diversos lugares. Paulatinamente e de forma cada vez mais profunda, porém, começou-se a sofrer por causa dessa desunião, e os líderes entre os missionários concluíram que havia chegado o momento de dialogar.

Assim, as primeiras conferências missionárias foram realizadas em 1878 e 1888 em Londres e em 1900 em Nova Iorque, culminando com a Primeira Conferência Missionária Mundial em 1910 em Edimburgo (Escócia). Esta conferência implantou uma nova consciência de comunidade nos cristãos, fazendo com que estes, provenientes das mais diferentes tradições cristãs fizessem uma experiência de que a “unidade da Igreja de Cristo podia ser experimentada claramente em meio a todas as diferenças existentes”. A Conferência de Edimburgo abriu novos caminhos para a cooperação das comunidades cristãs, iniciando a história do movimento ecumênico moderno.

Durante a primeira guerra mundial o arcebispo de Uppsala (Suécia), Nathan Söderblohm, realizou duas iniciativas de paz que mais tarde conduziram à criação de um segundo movimento ecumênico que posteriormente seria conhecido como “Movimento Vida e Ação”.

O terceiro Movimento Ecumênico foi o “Movimento Fé e Constituição”, que teve sua primeira conferência mundial em 1927 em Lausanne (Suiça), reunindo 400 participantes de 127 denominações cristãs.

Estes três movimentos culminaram no Conselho Mundial de Igrejas, fundada em 1948 em Amsterdã (Holanda). O CMI é uma comunhão de igrejas que professam a fé em Jesus Cristo como Deus e Salvador. O CMI não é uma nova igreja ou, uma Super Igreja. O objetivo do CMI é servir à unidade visível da Igreja.

É impossível em poucos minutos esgotar toda a riqueza destes anos de caminhada ecumênica, porém, o que fica fortemente marcado é a ação eficaz do Espírito Santo que suscita de tempos em tempos novos impulsos para dar continuidade à busca incessante da realização do testamento de Jesus: “Pai que todos sejam um” (Jo 17,21).

Também no Brasil acontece esta caminhada ecumênica, e neste momento, gostaria de me deter, mesmo que rapidamente, na “Evolução da caminhada ecumênica em Brasília”.

Aqui em Brasília, o arcebispo Dom Newton, após o retorno do Concílio Vaticano II, procurou ter um contato pessoal com alguns líderes de Igrejas Cristãs presentes no DF. Foi uma iniciativa um pouco tímida por se tratar, de certa forma, de uma novidade. Porém, esta pequena iniciativa foi o ponto de partida para nossa caminhada.

Na década de 80, o reverendo Johannus Schlupp, Pastor da ICELB, pessoa de alma aberta voltada ao ecumenismo, assim que chegou a Brasília procurou o Cardeal Dom José Freire Falcão para propor-lhe o início de uma experiência ecumênica, como a que ele participava na cidade de Nova Friburgo – RJ.

No início, um pequeno grupo se reunia: Cardeal Dom José Freire Falcão ICAR), Frei Felix (ICAR), Pastor John Miller (IPU), grande incentivador do ecumenismo, Pastor Euler (Metodista). Aos poucos outros vieram fazer parte e compartilhar desta experiência: Pe. Emmanuel Soufolis – Igreja Ortodoxa Grega, Dom Almir Santos – bispo da Igreja Episcopal Anglicana, Pastor Gilvan de Azevedo – IELB, atualmente se encontra no Canadá, Pr. Renato Augusto Kuhne – ICELB, Pastor Rui Barbosa – Igreja Presbiteriana Pastor Ervino Schmidt – ICELB, Dom João Braz de Aviz – Arcebispo de Brasília, Pe. Gabriele Cipriani (ICAR), Pr. Carlos Möller (ICELB) – atual Presidente do CONIC, D. Mauricio Andrade – Primaz da Igreja Episcopal Anglicana no Brasil e outros.

Após certo tempo, este grupo inicialmente composto por clérigos, foi aberto também à participação de leigos empenhados, das várias denominações. Vale ressaltar que, a participação dos leigos é em conformidade com as lideranças das Igrejas.

O que se procurou viver nestes anos no GEB, foi um ecumenismo feito de vida, de comunhão profunda. O GEB sempre teve visão dos problemas e dificuldades da caminhada ecumênica, abordando em suas reuniões temas candentes, e atuais sobre a teologia, filosofia, liturgia, situações sociais etc, porém, o que deveria vir em evidência era o respeito mútuo, a paciência e esperança para continuar com a certeza de colher os sinais dos tempos.

Em 1994, foi elaborado um pequeno estatuto que resume o objetivo e quem são os membros do grupo: Objetivo: “... visa promover o diálogo e a aproximação entre cristãos de diferentes denominações”, Membros: clérigos e leigos, que se dispõe ao diálogo e a cooperação, respeitando os princípios das Igreja.

Aos poucos foi reconhecido pelas entidades religiosas, governamentais e sociedade civil, e, em muitas ocasiões é solicitada uma representação do GEB para eventos.

Desde que o CONIC transferiu sua sede de Porto Alegre para Brasília, o GEB procurou trabalhar junto sempre que solicitado: Campanha da Fraternidade Ecumênica, Dia Nacional de Ação de Graças, Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, várias celebrações ecumênicas (casamentos, formaturas...)

Tendo em vista as dificuldades na preparação das celebrações ecumênicas, foi elaborado um modelo básico, contendo as informações necessárias para a realização das mesmas.

Colaboramos com a Secretaria de Educação, há três anos, na elaboração do currículo para o Ensino Religioso no DF, etc . Realizamos também dois encontros musicais interconfessionais, para jovens.

Além do GEB, nasceu em Brasília há mais de 25 anos, o Grupo de Convivência Cristã, sob a inspiração do carisma da Unidade, do qual fazem parte, membros do Movimento dos Focolares, pertencentes a várias denominações religiosas. Este grupo se encontra mensalmente para compartilhar experiências da vivência da Palavra, suas alegrias, dificuldades, preocupações. Uma característica do grupo é a sua composição: na sua maioria são casais com matrimônio misto (um presbiteriano e uma católica, uma batista e um católico, e vice-versa), segundo o depoimento de vários deles, ali no grupo são ajudados a vencer as dificuldades encontradas nas mais variadas situações (família, na própria comunidade da qual fazem parte, etc).

Sabemos que o ecumenismo exige um coração voltado para a paz e a valorização do outro. Não basta realizar ações ecumênicas, é preciso ter de fato a espiritualidade do diálogo. Essa espiritualidade exige o cultivo de muitas qualidades, como: esperança, amor à paz, humildade, capacidade de ouvir, paciência, discernimento, lealdade, alegria ao ver o bem e respeito ao outro.


Maria Goretti Reynaud Rodrigues
Movimento dos Focolares – Brasília/DF